Abril é o mês da Campanha Nacional de Segurança do Paciente, uma iniciativa do Ministério da Saúde que prega que todos podem contribuir para a segurança. Na Solus Oncologia contamos com o Núcleo de Segurança do Paciente composto por uma equipe multiprofissional, trabalhando constantemente com metas e ações sistematizadas em prol de uma assistência de qualidade e segura durante todo o tratamento.
Você sabe o que é a Segurança do Paciente e como pode contribuir com ela?
O Programa Nacional de Segurança do Paciente é um Programa recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) instituído pelo Ministério da Saúde em todos os estabelecimentos de assistência à saúde em território nacional, seja ele público ou privado com o objetivo de engajar a sociedade como um todo na promoção de uma assistência à saúde de qualidade.
O desenvolvimento de estratégias para a segurança do paciente depende do conhecimento e do cumprimento do conjunto de normas e regulamentos, condição básica para que sejam elaborados planos de cuidados específicos para os nossos pacientes e que seja prestada uma assistência com ações monitoradas. Todas essas condições são gerenciadas por uma instância, o chamado Núcleo de Segurança do Paciente, responsável também pelo estímulo à utilização rotineira de protocolos e diretrizes clínicas criadas após diversos estudos pelas autoridades de saúde e que contribuem muito para que o tratamento seja conduzido de uma forma mais livre de riscos evitáveis.
Na Solus Oncologia implantamos protocolos básicos de segurança do paciente, tais como, identificação do paciente com a pulseira branca, o uso seguro dos medicamentos com a checagem eletrônica, higienização das mãos e prevenção do risco de queda. Essa ação é considerada estratégica para minimização dos riscos na assistência à saúde dos pacientes.
O Programa Nacional de Segurança do Paciente foi criado para contribuir para a qualificação do cuidado e tem adquirido, em todo o mundo, grande importância para os pacientes, famílias, gestores e profissionais de saúde com a finalidade de oferecer uma assistência segura.
Neste momento em que enfrentamos uma crise causada pela pandemia do COVID-19, o cumprimento das metas e os protocolos de barreiras de segurança nunca foram tão importantes. Vamos apresentar a vocês algumas metas de segurança utilizadas na Solus Oncologia e a importância delas com o objetivo de informar os pacientes e como eles podem cobrar qualidade em seu atendimento e incentivar demais profissionais para que essas pessoas se transformem em verdadeiros agentes transformadores ao levarem à prática diária os pilares, princípios e protocolos de segurança do paciente.
1 – Higienização das mãos
É a principal forma de se evitar a transmissão de infecções entre pacientes e entre os profissionais de saúde. A prática de lavagem das mãos é uma atividade antiga e bastante conhecida entre os profissionais de saúde, é um hábito rotineiro realizado em momentos específicos para que sejam evitadas as contaminações cruzadas.
É uma medida simples, barata, que exige poucos recursos e gasta pouco tempo, as vezes é esquecida por ser tão acessível, mas representa uma das principais ações de cuidado, a que inicia e encerra qualquer procedimento.
A higienização das mãos pode ser realizada com água e sabão ou com preparação alcoólica em concentração 70% e em forma de gel.
A água e sabão é geralmente a maneira mais acessível por água e sabão estar disponível na maioria dos locais de circulação. É indicada de forma absoluta quando é possível enxergar sujidade nas mãos como: pó de luva, gotículas de suor, poeira, resíduos de alimentos e etc. O procedimento deve durar aproximadamente 60 segundos.
A preparação alcoólica é uma maneira mais prática para ser utilizada quando não existe disponível água e sabão por perto, como no transporte público ou andando na rua por exemplo. No cenário de assistência à saúde o profissional utiliza o álcool quando encerra o cuidado em um paciente e parte para o cuidado em outro desde que não exista sujidade aparente nas mãos. A higienização com álcool em gel deve ser realizada em aproximadamente 20 segundos.
Independente dos recursos utilizados, o importante é que a higienização atinja toda superfície das mãos: palmas, dorso, entre os dedos, ponta dos dedos, abaixo das unhas e punhos. E que ela seja realizada em momentos importantes como: antes e após a realização de cada procedimento, após contato com paciente e com acessórios utilizados no cuidados prestados, após risco de contato com fluidos corporais, após contato com áreas próximas ao paciente.
É importante lembrar que o uso de luvas não substitui a lavagem das mãos.
2 – Identificação do paciente
O objetivo da identificação correta dos pacientes é evitar que procedimentos e administração de medicamentos sejam feitos em pacientes errados. É importante para prevenção de erros e complicações decorrentes da entrega de procedimentos, resultados de exames, medicação, dentre outros, ao paciente errado. Além disso, norteia a equipe nos procedimentos a serem realizados para a conferência da identificação do paciente em todas as etapas do cuidado.
Na Solus Oncologia os pacientes são identificados assim que chegam a clínica, na recepção. A pulseira é gerada eletronicamente contendo informações importantes e necessárias para confirmação de correspondência entre paciente e procedimento proposto ainda que os nomes sejam iguais.
Além dos nomes a pulseira gera um código único, chamado QR CODE, semelhante ao código de barras, capaz de ser checado eletronicamente promovendo o manuseio e administração segura de medicamentos.
3 – Administração segura de medicamentos
O sistema de identificação através da pulseira codificada utilizada na Solus Oncologia permite uma tecnologia de checagem eletrônica dos medicamentos a serem administrados no paciente.
A prescrição da quimioterapia gerada pelo médico envia de forma eletrônica diretamente para a farmácia informações necessárias para que sejam confeccionados os rótulos de identificação das bolsas de quimioterapia do paciente, nesses rótulos além de constarem informações sobre as medicações como: nome, dosagem e tempo de infusão, consta também o mesmo código QR CODE impresso na pulseira de identificação do paciente. Dessa forma, quando a enfermagem se prepara para instalar a quimioterapia no paciente, no ato de administração, realiza a checagem eletrônica de todos os medicamentos a serem realizados. Através de um aplicativo específico no celular é verificado o código da pulseira do paciente e a do rótulo da bolsa de quimioterapia, o aplicativo então reconhece a compatibilidade entre os códigos confirmando que aquela medicação é a que o paciente deve receber de acordo com a prescrição pertencente a ele.
Essa tecnologia utilizada na Solus Oncologia cria barreiras de segurança da cadeia medicamentosa desde a prescrição até a administração de medicamentos, evitando assim a troca de medicamentos entre os pacientes.
Vanessa Albuquerque
Enfermeira